Segundo Edward Osborne Wilson (n. 1929), biólogo americano, especialista em insetos, e investigador científico externo do Parque Nacional da Gorongosa, em Moçambique, “a Gorongosa (…) é ecologicamente o parque mais diverso do mundo”.
Esta
diversidade é o resultado de milhões de anos de evolução. O principal mecanismo
de evolução das espécies é a selecção natural. Mas como funciona a selecção
natural?
Ao longo do
tempo, foram vários os naturalistas que tentaram perceber a diversidade
biológica existente no nosso planeta, e explicar a relação entre espécies
extintas e espécies atuais. Ou seja, foram vários aqueles que tentaram
compreender e formular teorias acerca de como se podem originar novas espécies.
O filósofo
grego Aristóteles (384 a. C. - 322 a. C.), considerado, por muitos, o Pai da
Biologia, foi um dos primeiros a estudar e classificar seres vivos, sobretudo
animais. Contudo, o sistema de classificação aristotélico baseava-se apenas,
por exemplo, no habitat ocupado pelos diferentes animais (existindo animais
terrestres, marinhos e voadores), ou no tipo de sangue desses mesmos animais
(existindo animais de sangre frio e animais de sangue quente).
Bem mais
tarde, os irmãos naturalistas suíços Gaspard (1560-1624) e Johann Bauhin
(1541-1612) terão sido os primeiros a fazer uso de um sistema binomial (ou
binominal) de classificação de seres vivos.
Entretanto,
no mundo microscópico, a primeira pessoa a observar células foi o naturalista
britânico Robert Hooke (1635-1703). Foi ele também quem criou o termo “célula”
e iniciou a Teoria Celular.
Contudo, foi
o naturalista sueco Carl Lineu (1707-1778), autor da obra Systema Naturae (1753), quem popularizou o sistema binomial (ou
binominal) de classificação de seres vivos. Este sistema consiste em atribuir
um nome científico, composto por duas palavras (em latim ou latinizadas), a
cada espécie de ser vivo: a primeira palavra, o nome genérico (com a inicial em
maiúscula), corresponde ao género; e a segunda palavra, o descritor específico
(com a inicial em minúscula), corresponde à espécie. É o que acontece, por
exemplo, com o nome científico da actual e única espécie humana existente: Homo sapiens.
Já os nomes
científicos das subespécies são compostos por três palavras: ao nome genérico e
ao descritor específico, acrescenta-se o descritor subespecífico. É o que
acontece, por exemplo, se considerarmos que os humanos modernos são uma
subespécie: Homo sapiens sapiens. Além
disso, os nomes científicos (de espécies e subespécies) devem ser escritos em
itálico (com a letra inclinada); quando são manuscritos, os nomes devem ser
sublinhados.
Por outro
lado, na restante classificação taxonómica, os taxa hierarquicamente superiores
são uninominais, ou seja, são compostos por uma só palavra (com a inicial em
maiúscula). É o que acontece, por exemplo, no caso da família, ordem, classe,
divisão, e reino da espécie (ou subespécie) humana, respetivamente: Hominidae, Primates, Mammalia, Chordata, Animalia.
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