sábado, 10 de outubro de 2020

10102020


O mundo onde vivemos é único, o nosso planeta Terra é único, nós somos únicos e temos apenas uma só vida.

A data 10102020, ou 10 de outubro de 2020, é também única.

A data única que nunca mais voltará!

sexta-feira, 31 de janeiro de 2020

Supercomputador Oblivion ao serviço do SKA e da Investigação

Vai ser inaugurado em Évora, Portugal, o supercomputador Oblivion, com desempenho equivalente à combinação de mais de mil computadores associado ao projecto do maior radiotelescópio do mundo e disponível também para a comunidade científica e empresas. Para termos uma ideia a sua performance é equivalente a 1.200 computadores pessoais a funcionarem em conjunto.
A máquina, instalada no Data Center da DECSIS, no Parque Industrial e Tecnológico da cidade, vai ser inaugurada pela Universidade de Évora a 04 de Fevereiro do ano em curso.
O supercomputador é um investimento próximo de um milhão de euros e será usado entre o ENGAGE SKA "Enabling Green E-science for the SKA Research Infrastructure”, ligada ao projecto do maior radiotelescópio do mundo, e a comunidade científica e a empresas no âmbito da Rede Nacional de Computação Avançada. O ENGAGE SKA tem um financiamento global na ordem dos quatro milhões de euros, atribuído pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT).
A ENGAGE SKA, é um consórcio liderado pelo Instituto de Telecomunicações (IT) de Aveiro e com as universidades de Évora, Aveiro, Porto e Coimbra, Instituto Politécnico de Beja e Associação RAEGE Açores, é a interface da comunidade científica nacional ao Square Kilometre Array (SKA).
Como se pode ler em na site do SKA (https://www.skatelescope.org/) trata-se de um projecto global a uma escala sem precedentes, envolve cientistas e engenheiros integrados em mais de 100 instituições de 21 países na preparação da construção do maior radiotelescópio do mundo, que tem como objectivo observar e mapear o Universo.
Com uma área de um milhão de metros quadrados para a recolha de dados através de milhares de radiotelescópios exigirá avanços radicais em todas as ciências, mas sobretudo no processamento de dados, na velocidade de computação e na infraestrutura tecnológica.
O supercomputador em Évora vai “apoiar no processamento de volumes massivo de dados resultantes de actividades de investigação e inovação desenvolvidas em Portugal e enquadradas no design, prototipagem e operação” do radiotelescópio SKA e dos “seus eventuais precursores”.
O computador a ser inaugurado é capaz de processar 239 milhões de milhões de operações por segundo, armazenar 1,5 Petabytes de dados (equivalente a 1,5 milhões de Gigabytes)” e criar simulações numéricas em astrofísica.
Vai permitir fazer modelos sobre a origem e evolução do universo, das galáxias ou dos planetas e a radiação emitida a partir do Sol, entre outras coisas, e modelos de novos materiais, trabalhar o desenho de novos medicamentos ou testar aplicações paralelas para previsões nas áreas do clima e da agricultura.
Moçambique será um dos países que receberá diversas antenas a serem colocadas em Manina e Tete e terá uma grande oportunidade de se aliar a esta comunidade internacional de investigação e desenvolvimento. Se tal acontecer este será o evento científico, provavelmente o mais relevante de sempre na história da ciência em Moçambique, que mudará o ensino, a investigação e a relação com as empresas.

sexta-feira, 3 de janeiro de 2020

2020 Ano Internacional da Saúde das Plantas



Foto kruger Park 2019

As Nações Unidas declararam 2020 o Ano Internacional da Saúde das Plantas ou Fitossanidade. A data foi uma conquista conjunta que resultou da união dos esforços da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e do Secretariado do International Plant Protection Convention (IPPC).

A iniciativa destaca a importância das nações, para garantir a saúde das plantas, protegendo a biodiversidade e o meio ambiente. Propõe-se igualmente acções que favoreçam a segurança alimentar e o desenvolvimento económico sustentável.


O Ano Internacional da Fitossanidade prevê a mobilização de governos, indústrias, cientistas, ONGs e da sociedade civil, para incentivar a inovação científica, reduzir a propagação de pragas e aumentar nos setores públicos e privados, ações e estratégias de proteção da biodiversidade.


Segundo o levantamento da responsabilidade da ONU, as pragas e as doenças das plantas são responsáveis pela perda de cerca de 40% das culturas a cada ano que passa. Por isso são essenciais esforços para aumentar a investigação científica e a vigilância sobre as culturas e a biodiversidade. 


A resposta está em vários domínios da Ciência, desde a utilização de satélites para a observação da Terra ao IOT, passando pela robótica e sensorização para a protecção das culturas, sendo estes apenas alguns exemplos de C&T que podem contribuir para a segurança alimentar e a protecção dos ecossistemas. 


Os ODS (Objectivos de Desenvolvimento Sustentável) estabelecem as acções para os próximos anos em áreas de importância crucial para a humanidade e para o planeta, sobretudo para um equilíbrio entre a economia, as pessoas e ambiente.


Os seres humanos estão a ter um impacto devastador no meio ambiente, com um milhão de espécies de plantas e animais agora ameaçadas de extinção como resultado directo da actividade humana segundo o relatório da Plataforma Intergovernamental de Políticas Científicas em Serviços de Biodiversidade e Ecossistemas (IPBES), onde também se pode ler que os seres humanos estão a destruir os mesmos ecossistemas que sustentam o seu modo de vida.



Esta infografia mostra alguns dados,  onde se destaca que um quarto de todas as espécies está agora ameaçado de extinção.  Isso aumenta para 40% para os anfíbios e 33% para os mamíferos marinhos.  O terrível impacto nas populações de anfíbios não é coincidência, dado que 85% das áreas húmidas presentes em 1700 haviam sido perdidas em 2000. Cerca de 75% do ambiente terrestre foi "severamente alterado" pelas acções humanas.