quinta-feira, 22 de março de 2018

Por que nos devemos preocupar com a àgua?



Um texto de Saquina Rugunate, docente e investigador do ISCTEM, 
a propósito do Dia Mundial da Água.

A água é a condição essencial de vida de todo o ser vegetal, animal e humano, e por isso, pode-se dizer que o equilíbrio e o futuro do nosso planeta dependem da preservação da água e dos seus ciclos, e é obrigação de todos abraçar esta causa.

Foi nesta perspectiva, que a 22 de Março de 1992, a ONU (Organização da Nações Unidas), criou o dia mundial da água, e anualmente várias actividades são realizadas para consciencializar as pessoas, sobre a importância deste bem, assim como para a tomada de medidas para reduzir o impacto da sua escassez.

Pode-se tomar como exemplo a Cidade do Cabo na África do Sul, onde o nível dos reservatórios de água estão muito abaixo dos níveis normais, obrigando a um consumo diário de 50 L de água por pessoa, como forma de evitar medidas drásticas , tal como o “dia zero” que poderá ser nos meados de Abril... agora imaginemos o que é viver no dia a dia apenas com essa quantidade de água e o quão limitadas ficam as actividades diárias!

Se paramos para pensar, como seria catastrófico, ter a cidade de Maputo nessa situação, e o impacto que teria na saúde pública colectiva, levando em conta o precário sistema de saúde e o fraco saneamento do meio, apesar dos inúmeros esforços feitos pelo nosso governo e por algumas organizações que apoiam esta causa. De facto, o nível de água na Barragem dos Pequenos Libombos é baixo, tendo obrigado que o Fundo de Investimento e Património de Abastecimento de Água (FIPAG), tivesse que adoptar medidas drásticas alternando os dias de abastecimento de água, com redução significativa das horas de abastecimento.

Segundo o director-geral da FIPAG, o défice actual é de 110.000m3/dia para o fornecimento da água na Região do Grande Maputo, e tendo em conta que a próxima época chuvosa começa em Outubro, há realmente a necessidade de um uso racional de água para evitar cenários mais complicados que o actual.

A OMS recomenda o consumo de 40Lde água por pessoa, e pequenas mudanças no quotidiano individual devem ser consideradas (tais como reutilização de águas residuais, redução do consumo doméstico e industrial), realização de campanhas nas comunidades sobre algumas medidas práticas de como reduzir o consumo e conservar de forma adequada. 

Alguns munícipes recorre, a alternativas como o uso de fornecedores privados, abertura de furos, aumento do número de reservatórios, mas é também importante ter atenção a qualidade da água consumida, pelo risco de desencadearem doenças como a cólera, hepatite, gastroenterites, parasitóses, entre outras.

Vamos todos mudar a nossa atitude. 

Vamos imaginar como seria o nosso dia a dia sem este precioso líquido!

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