Em África existe um proverbio que diz “Quem Educa uma Mulher, Educa um Povo”, Esta frase diz muito sobre a presença e a importância das Mulheres nas Comunidades. É esta potencial faceta transformadora da Mulher na Sociedade moçambicana que torna, ainda, mais importante este dia 10 de Fevereiro dedicado à Mulher e às Meninas na Ciência. É necessário fazer uma grande reflexão que resulte num conjunto de medidas concretas para que se melhore a presenças da mulher na Ciência.
Uma
pesquisa feita pela ONU, em 14 países, mostrou que a probabilidade de
estudantes do sexo feminino obter um diploma de bacharel, mestrado ou doutorado
em ciências, ou em áreas correlacionadas, é menos da metade do que se comparado
aos homens. A ONU atenta a este problema criou essa data especial para as
mulheres tendo em mente mais acesso e participação igualitária das mulheres na
ciência.
A Diretora Geral das Nações Unidas para Educação, Ciência e
Cultura – Unesco – Irina Bokova, afirmou que a Agenda 2030, a que estão
associados os Objectivos de Desenvolvimento Sustentáveis, não será alcançada
sem o empoderamento das mulheres através da ciência. A Directora vai mais longe e afirma que
"mais do que nunca, hoje o mundo precisa da ciência e a ciência precisa
das mulheres".
O
último relatório da UNESCO sobre o assunto mostrou que as mulheres representam
apenas 28% dos investigadores no mundo e a diferença aumenta ainda mais nos
escalões mais altos. Segundo a UNESCO, as mulheres têm menos acesso a
investimentos, a redes de estudo e até mesmo a cargos de topo nas
empresas, o que as coloca em profunda desvantagem. É necessário que os governos
que redobrem os esforços para dar mais poder a meninas e mulheres através da
ciência, no sentido de se aproximar das metas da Agenda 2030.
A Osuwela,
tem uma visão clara e um plano de acção para o desenvolvimento de recursos
humanos nacionais capazes de carregar consigo os desafios da integração das
Mulheres na Ciência. Esta assenta no pressuposto fundamental de que são
necessários quadros qualificados de ambos os géneros para dar resposta às
necessidades actuais e futuras do país.
A
Osuwela colabora activamente com o programa “Criando o Cientista Moçambicano do
Amanhã”, do MCTESTP, que foi lançado em 2006, e
que visa a preparação de jovens estudantes para o prosseguimento dos estudos ou
o ingresso no mercado de trabalho, nas áreas de STEM. Estamos conscientes do
facto que que o número de alunos que demonstram interesse pelas
áreas de STEM tem vindo a decrescer, e isso agudiza-se no caso das meninas,
cuja presença em cursos relacionados com estas áreas do saber é ainda menor.
Espera-se que a descriminação
positiva das meninas produza resultados a médio e longo prazo, sendo essencial para o
equilíbrio social.
A propósito deste tema ouçam a entrevista da Prof. Rosália Vargas à Rádio ONU
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