segunda-feira, 23 de outubro de 2017

Bienal da Aprendizagem STEM+L está de volta a Moçambique

Maputo, 20 a 24 de Agosto de 2018


A Bienal da Aprendizagem, dedicada à Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática, unidas pela Língua Portuguesa, começa a afirmar-se, no espaço da Comunidade de Países de Língua Portuguesa, como um encontro marcante de educadores, cientistas, políticos e comunidade atentos à importância da Educação, da Ciência e da Tecnologia no desenvolvimento dos países membros.

As três edições anteriores, realizadas em Moçambique (2007), Cabo Verde (2009) e São Tomé e Príncipe (2011) procuraram contribuir para o desenvolvimento da qualidade do ensino através da análise de experiências alicerçadas em diferentes contextos e realidades, sempre com o objectivo de estabelecer quadros de boas práticas.

Em 2018, a Bienal vai regressar a Moçambique, com o objectivo global de contribuir de forma decisiva para o desenvolvimento de competências dos docentes no ensino e na aprendizagem de STEM – Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática e Língua Portuguesa, reforçando a coesão, a cooperação e o intercâmbio de experiências dos docentes oriundos dos vários países e realidades do universo da Língua Portuguesa.

Este encontro será um veículo de partilha de experiências e apresentação de soluções tendo em vista optimizar o sistema de ensino e de aprendizagem, construindo pontes entre profissionais e instituições dos diversos Estados Membros presentes. Terá ainda um espaço expositivo dedicado às áreas da Educação, Tecnologia e Ciências, bem como acções de formação para professores.

Mais informações em Osuwela

quarta-feira, 18 de outubro de 2017

A EquaMat@moz, regressou a Moçambique!

As questões do insucesso escolar, em particular na disciplina de Matemática, estão na ordem do dia. Conhecer as suas causas e encontrar formas de as combater é uma prioridade em todos os graus de ensino.

Foi com base nesta perspectiva que em 2003 nasceu em Moçambique, por iniciativa do Projecto Matemática Ensino da Universidade de Aveiro, antes do Projecto Pensas, a EQUAmat@moz, uma competição nacional de Matemática que utiliza as ferramentas informáticas existentes e adapta os conteúdos ao programa escolar moçambicano. Posteriormente, esta competição foi integrada no Pensas – com o apoio do Ministério da Educação Moçambicano, da Cooperação Portuguesa e da Universidade de Aveiro. Ano após ano, o Projecto Pensas realizou, em articulação com o Ministério da Ciência e Tecnologia e o Ministério da Educação de Moçambique, as Competições Nacionais de Ciência em Moçambique, uma iniciativa que permite aos alunos de todo o país competirem usando a rede informática instalada. Com o fim do financiamento do Projecto Pensas, em 2013, a EquaMat@moz deixa de estar no ar!
Mas a geração que viveu esta iniciativa nunca a esqueceu!
E eis que surgem, este ano, novamente as Competições Nacionais de Ciência numa iniciativa da Osuwela, do Programa Criando o Cientista Moçambicano do Amanhã (MCTESTP), Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano e financiado pelo Banco Mundial.

A plataforma EDU@moz foi totalmente remodelada e está mais simples de usar e totalmente dirigida ao aluno. Neste momento suporta as competições EquaMat@moz (Matemática), a Fis@moz (Física) e a InformaTICs (Informática).  
O espírito, esse, é o mesmo – jogar para aprender!
Exploram-se as áreas de STEM (Ciências, Tecnologia, Engenharia e Matemática) de forma lúdica, o que torna as disciplinas mais atraentes, permitindo formar alunos participativos, críticos e confiantes no modo como lidam com estas matérias.
A exigência, e a preocupação com a inclusão de todos os alunos, a criação de uma mentalidade que valorize o esforço e respeite os ritmos de aprendizagem dos alunos são os objectivos que estão por detrás desta competição, permitindo uma aprendizagem mais atractiva e interactiva das matérias leccionadas.
Também se pretende difundir o uso da Internet como ferramenta de aprendizagem e a utilização dos meios de comunicação disponíveis, já que agora todos devem usar o e-mail para aceder à plataforma EDU@moz.
As competições EDU@moz estão disponíveis apenas para os utilizadores em Moçambique. Podem ser acedidas através do sítio do MCTESTP, MINEDH .

sexta-feira, 13 de outubro de 2017

Tempestades Magnéticas

 (foto da NASA)
Não é comum falarmos de tempestades magnéticas... são coisas do espaço! Acontece que a NASA divulgou imagens de um fenómeno raro observado na superfície do Sol. Trata-se de uma erupção solar que liberta grandes quantidades de radiação electromagnética. 

O Instituto Lebedev, que pertence à Academia de Ciências Russa, mediu a intensidade desta erupção solar, que atingiu X8.3 (a intensidade maior registada foi de X20, em 2003) a 10 de Setembro deste ano. A intensidade foi tão grande que segundo a NASA  a energia libertada, sob forma de raios X sobrecarregou o sensor do satélite encarregue de observar o Sol.

Qual é a importância destas erupções para os terráqueo? Nós somos afectados por tempestades magnéticas resultantes das erupções solares, que nos atingem sob a forma de ventos solares, ou seja, durante a erupção o Sol expulsa biliões de partículas que posteriormente atingem a Terra.

Alguns cientistas afirmam que os efeitos de uma tempestade magnética podem fazer-se sentir em pessoas mais sensíveis sob a forma de desconforto físico, dores de cabeça, irritabilidade e ansiedade. No entanto, ainda é impossível prever com precisão o que provoca nas pessoas uma tempestade magnética. 

A Terra não está completamente desprotegida e através do seu campo magnético minimiza os efeitos deste fenómeno, além disso os seres humanos sempre conviveram com actividade solar mesmo antes de o conhecerem e de a medirem.

Mas porque estamos a falar deste fenómeno? 

É que hoje, Sexta-feira (13 de Outubro de 2017), a Terra vai sofrer os efeitos de uma tempestade magnética provocada pelos vento solares da última grande erupção solar e que o campo magnético terrestre pode vir a sofrer alterações nos próximos dias. É sabido que estas tempestades podem afectar os equipamentos electrónicos destinados à navegação e às telecomunicações e provocar acidentes por estes apresentarem dados errados.

Hoje, sexta-feira, 13 de Outubro, provavelmente nada vai acontecer de anormal nas nossas vidas. Apenas e só o mesmo perigo de sempre – estar vivo!




terça-feira, 10 de outubro de 2017

O cortador de relva que incomoda a observação do Espaço!

O desenvolvimento científico e tecnológico tem destas coisas: uma empresa desenvolveu um robô para cortar a relva sem necessidade de intervenção do Homem. Na verdade também não é assim! O que o robô faz é evitar que se transpire a cortar a relva sendo, no entanto necessário balizar a actuação do aparelho para que ele não invada o terreno dos vizinhos. E é neste aspecto que representa o verdadeiro problema – o espectro electromagnético utilizado pelo corta-relva para balizar a sua acção.

A história tem que ver com uma banda de espectro electromagnético que está no centro deste conflito entre o Observatório Nacional de Rádio Astronomia dos Estados Unidos e uma pequena empresa de tecnologia robótica. A causa do desentendimento é a utilização de uma parte de espectro electromagnético que se tornou num grande problema para as ambas empresas. A iRobot, a pequena empresa que fabrica os aspiradores robôs Roomba, descobriu essa zona do espectro electromagnético que não estava a ser utilizada e passou a utilizá-la para incorporar nos seus robôs de exterior. 


Como foi dito esta empresa, desenvolveu um equipamento que corta a relva de forma autónoma, balizada dentro de uma determinada área. A concorrência para fazer o mesmo trabalho enterra cabos no solo, mas a iRobot quer inovar para se tornar mais competitiva e para isso quer substituir este sistema por outro tipo de balizas. 

Estas balizas irão comunicar com o robô cortador de relva recorrendo a ondas de rádio na faixa dos 6240 a 6740 MHz, que não é usada por ninguém! Pensava assim a dita empresa! Na verdade esta faixa é usada pelo Observatório Nacional de Rádio Astronomia.

É assim que este simples cortador de relva incomoda a observação do cosmos. O Observatório dos Estado Unidos opera radiotelescópios no continente americano e acontece que estes telescópios usam a mesma frequência do cortador de relva para detectar metanol no espaço. Sendo que a presença do metanol indica a formação de estrelas.

O Observatório acusa o robô corta-relva da iRobt de provocar um zumbindo tal que poderá influenciar, e parar mesmo, a leitura dos poderosos radiotelescópios situados no Novo México, Virgínia Ocidental e Porto Rico. Esta descoberta veio atrapalhar o negócio de milhões de dólares resultantes da venda dos robôs por este mundo fora.

Esta é uma história curiosa de como um dispositivo para o consumo doméstico recorre a tecnologias que antes eram somente utilizadas ao nível astronómico. Mas é também a forma de ilustrar de como a ciência pode ser um negócio, não só em grandes projectos a nível espacial mas numa simples e poderosa empresa de electrodomésticos que factura milhões de dólares.
Vale a pena reflectir sobre esta história no sentido de perceber como podemos tirar partido da inteligência e do conhecimento adquirido para criar empresas de base tecnológica em nichos de mercado ainda por explorar. 

Acreditem que ainda falta criar e inventar quase tudo!

segunda-feira, 2 de outubro de 2017

Sentir.com - o que pensa da Exposição?

Está on-line a primeira entrevista feita a partir da exposição Sentir.com - Museu de História Natural.

O que pensa da Exposição?




Um trabalho da Eunice Combane - UPI