terça-feira, 22 de maio de 2018

De onde vêm os Profissionais da Ciência do futuro?


Os profissionais das Ciências, Tecnologia, Ciências Naturais e Matemática (CTEM), e vamos aqui falar apenas das Ciências Naturais, não nascem de geração espontânea, são fruto de um trabalho de muita gente que trabalha diariamente para que uma nova geração de profissionais destas áreas se desenvolva nas nossas Escolas. 

Da leitura do relatório anual da OCDE (Education at a Glance 2017), retiramos o seguinte gráfico:






Uma análise rápida percebe-se que não existem Países Africanos neste gráfico pode ser porque se tratam apenas de Países da OCED e parceiros desta organização. O gráfico merece uma leitura cuidada e para que se entenda melhor estamos a falar das TIC, Ciências Naturais, Matemática e Estatística e por fim a Engenharia e a Construção, e a percentagem que ocupam nos diferentes países.

A questão que importa discutir é o esforço que estes países estão a fazer de uma forma concertada para atingirem estes valores. Certamente que operaram profundas alterações curriculares e um olhar diferente sobre a CTEM. Mas foi sobretudo o envolvimento de toda a sociedade e a mudança de mentalidade.  As empresas sabem que se quiserem sobreviver no futuro têm que investir no capital humano e que os seus funcionários têm de ser preparados e formados para trabalhar em ambientes novos e muitos deles ainda por descobrir. 

A aliança estabelecida entre as Universidades e as Empresas está hoje a dar os seus frutos. Um caminho que não foi fácil de percorrer.

Em Moçambique, um País em que o sistema de "educação para todos" tem pouco mais de 40 anos, a Educação é hoje obrigada a dar passos de gigante para tentar acompanhar ritmos de crescimento populacionais incrivelmente grandes. 

Os desafios são muitos e muito exigentes. Mas na Educação não há prioridades – tudo é necessário, tudo é urgente, para não hipotecar o futuro de milhões de jovens que têm que encontrar trabalho e trabalhar como em qualquer parte do Mundo.

A CTEM, é essencial para que o desenvolvimento ocorra, precisa de mais programas que levem a Ciência até junto das pessoas – escolas, empresas e universidades. É preciso entender que todos têm que trabalhar juntos para mudar mentalidades. A par do investimento em equipamentos é necessário um investimento ainda maior no capital humano para que a Educação possa transformar as pessoas.

Os profissionais da CTEM também virão de Moçambique. Não tenho dúvida disso.
Juntos pela Educação. 


OECD (2017), Education at a Glance 2017 : OECD Indicators (Summary in Portuguese), OECD Publishing, Paris, http://dx.doi.org/10.1787/8d2d11b2-pt.


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