Um texto de Saquina Rugunate, docente e investigador do ISCTEM,
a propósito do Dia Mundial da Água.
A água é a condição essencial de vida de todo o ser vegetal, animal e humano, e por isso, pode-se dizer que o equilíbrio e o futuro do nosso planeta dependem da preservação da água e dos seus ciclos, e é obrigação de todos abraçar esta causa.
Foi nesta perspectiva, que a 22 de Março de 1992, a ONU (Organização da Nações Unidas), criou o dia mundial da água, e anualmente várias actividades são realizadas para consciencializar as pessoas, sobre a importância deste bem, assim como para a tomada de medidas para reduzir o impacto da sua escassez.
Pode-se tomar como exemplo a Cidade do Cabo na África do Sul, onde o nível dos reservatórios de água estão muito abaixo dos níveis normais, obrigando a um consumo diário de 50 L de água por pessoa, como forma de evitar medidas drásticas , tal como o “dia zero” que poderá ser nos meados de Abril... agora imaginemos o que é viver no dia a dia apenas com essa quantidade de água e o quão limitadas ficam as actividades diárias!
Se paramos para pensar, como seria catastrófico, ter a cidade de Maputo nessa situação, e o impacto que teria na saúde pública colectiva, levando em conta o precário sistema de saúde e o fraco saneamento do meio, apesar dos inúmeros esforços feitos pelo nosso governo e por algumas organizações que apoiam esta causa. De facto, o nível de água na Barragem dos Pequenos Libombos é baixo, tendo obrigado que o Fundo de Investimento e Património de Abastecimento de Água (FIPAG), tivesse que adoptar medidas drásticas alternando os dias de abastecimento de água, com redução significativa das horas de abastecimento.
Segundo o director-geral da FIPAG, o défice actual é de 110.000m3/dia para o fornecimento da água na Região do Grande Maputo, e tendo em conta que a próxima época chuvosa começa em Outubro, há realmente a necessidade de um uso racional de água para evitar cenários mais complicados que o actual.
A OMS recomenda o consumo de 40Lde água por pessoa, e pequenas mudanças no quotidiano individual devem ser consideradas (tais como reutilização de águas residuais, redução do consumo doméstico e industrial), realização de campanhas nas comunidades sobre algumas medidas práticas de como reduzir o consumo e conservar de forma adequada.
Alguns munícipes recorre, a alternativas como o uso de fornecedores privados, abertura de furos, aumento do número de reservatórios, mas é também importante ter atenção a qualidade da água consumida, pelo risco de desencadearem doenças como a cólera, hepatite, gastroenterites, parasitóses, entre outras.
Vamos todos mudar a nossa atitude.
Vamos todos mudar a nossa atitude.
Vamos imaginar como seria o nosso dia a dia sem este precioso líquido!
Sem comentários:
Enviar um comentário