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quinta-feira, 1 de junho de 2017

O Futuro prepara-se!

No livro a “Terceira Cultura”, John Brockman, afirma que o que realmente está a mudar o mundo é a Ciência e a Tecnologia. E são muitas as descobertas e invenções revolucionárias, que estão hoje aos olhos de todos. Qual será o impacto futuro nas nossas vidas?

Obviamente será necessário reflectir sobre o que está a acontecer no Mundo e isso não está restrito ao, dito, primeiro mundo, rico e tecnológico. Por cá as tecnologias têm ainda um impacto directo e imediato nas nossas vidas, a simples informatização de um serviço bancário, por exemplo, irá destruir centenas de empregos. Mas não quero dizer com isto que não se informatize, pelo contrário! Teremos que, rapidamente, encontrar formas de criar novos empregos que serão sem dúvida de base tecnológica. Este é um desafio à escala global e que coloca a Educação no centro das discussões.

O mundo assiste ao inicio da quarta revolução industrial que resulta da combinação de diferentes tecnologias, da automação ao “big data”, da internet das coisas à cloud passando pelos dispositivos móveis e as redes sem fio, todas conectadas.  Esta conexão permite o desenvolvimento de modelos de produção inteligentes, que reduzem ou, mesmo excluem, a intervenção do homem.




É certo que esta realidade vai chegar a Moçambique e que estes processos de mudança vão exigir uma profunda transformação social e económica. A quarta revolução industrial leva a que o modelo produtivo assente no domínio completo da Informação e do Conhecimento,

O Mundo, em geral, está a levar a sério o impacto da quarta revolução industrial e os analistas avisam da perda de milhões de empregos à escala global. O Conhecimento é a palavra chave para criar capacidade de adaptação.

Para enfrentar tudo isto é preciso voltar à Escola! Será necessário operar uma revolução nos curricula, tendo em conta as futuras formas de industrialização. Os avanços tecnológicos e a robotização de processos são hoje uma realidade em muitas áreas, como por exemplo na Agricultura, onde temos processos de robotização em curso, há vários anos, e com tecnologias de ponta que evoluem constantemente.

Exige-se repensar a Educação, não parcialmente, mas no seu todo e num modelo com numa visão abrangente (visão 360 graus). No novo modelo as Ciências, a Matemática, a Engenharia e a Tecnologia ocupam o lugar central, mas com um carácter experimental e de campo. Será também necessário aprofundar os conhecimentos em Línguas, sem esquecer a Cultura Moçambicana, os conhecimentos de Informática, estimular a criatividade e sobretudo "aprender a aprender". É igualmente importante fomentar a interdisciplinaridade e a transdisciplinaridade curricular, de forma a promover o cruzamento das várias ciências com as áreas tecnológicas.

O conceito de adaptabilidade deverá estar presente nos novos cursos de Ciências e Engenharia ensinando aquilo que é básico e como explorar o Mundo e as oportunidades que nos oferece. Ao mesmo tempo que se sensibiliza os jovens para as vantagens de uma carreira nas áreas tecnológicas, cujos cursos superiores actualmente têm muito pouca procura. 

Os impactos das reformas na Educação só têm objectivamente visibilidade a gerações de distância, é uma unidade de medida muito grande, e é por isso temos que “Aprender a Educar” agora para não hipotecar o futuro.

O Futuro prepara-se!

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